Pica-pau verde-barrado ( Colaptes melanochloros )

Comprimento:26 cm
Identificação: possui o dorso verde-amarelado e barrado (com barras ou estrias anegradas). As partes inferiores do corpo são brancas com manchas escuras. A cauda e o alto da cabeça são pretos, e a nuca tem coloração vermelha. Apresenta uma larga faixa branca sobre os olhos. Abaixo dessa faixa, o macho possui também uma outra, vermelha e estreita, que na fêmea é negra.
Distribuição: ocorre desde a foz do rio Amazonas (Ilha de Marajó) até o Rio Grande do Sul, e para oeste até o Mato Grosso. É encontrado também no Paraguai, Argentina e Uruguai.
Habitat: vive em matas de galeria, cerrados, cerradões, caatingas, campos com árvores e na borda de florestas. É cada vez mais comum em áreas urbanas.

Apresenta uma série de adaptações para a alimentação e locomoção. Para capturar formigas e cupins, por exemplo, produz uma secreção que age como uma cola pegajosa, dando à língua a capacidade preensora de uma vara com visgo. Além disso, a cauda age como órgão de apoio para substratos verticais. Para subir um tronco, o pica-pau pula para cima, de pés paralelos, “sentando” na cauda a cada parada. Através da ramaria horizontal, entretanto, pula como uma gralha. Para demarcar território, advertindo rivais, e como meio de comunicação entre machos e fêmeas, executam tamborilações. Essas consistem em bater com o bico em paus secos, cascas salientes, troncos ocos e até em chapas de aço, simplesmente para produzir rumor.
Alimenta-se de formigas e larvas de outros insetos, principalmente besouros. Desce até os arbustos e o solo para coletar as primeiras. Come também frutos carnosos, principalmente no inverno, quando diminui a quantidade de insetos.
O macho exibe-se para a fêmea no cortejo pré-nupcial. O casal elabora uma cavidade para o ninho preferencialmente na madeira de árvores mortas, mas freqüentemente usa palmeiras e embaúbas. Preferem cavar na face da árvore que se inclina para o solo, o que facilita a proteção contra a chuva e a defesa da entrada. A câmara incubatória costuma ser forrada por pequenos pedaços de madeira, produzidos durante a construção do ninho. Dois a quatro ovos brancos e brilhantes são postos, ambos os pais revezando-se na incubação. Os filhotes nascem nus e cegos e são alimentados pelos pais, que regurgitam uma massa de insetos.

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