Choca-barrada ( Thamnophilus doliatus )

16cm. Identificação: o macho é praticamente inconfundível por seu corpo todo barrado em alvinegro e um topete negro na cabeça (nem sempre eriçado). Até a fêmea, que é ferrugínea, apresenta um topete e estrias na face. As únicas espécies que se assemelham à choca-barrada são a choca-listrada (Thamnophilus palliatus) e a choca-de-asa-vemelha (Thamnophilus torquatus), mas ambas apresentam machos com áreas ferrugíneas tanto nas asas quando na cauda.
É a choca de distribuição mais ampla e a que mais se aproxima do ser humano, tanto por não ser arisca quanto por ser bem generalista e se adaptar a áreas alteradas.
Sua distribuição original compreendia cerradões, bordas de matas de galeria e outras formações florestais não muito densas. No fim da década de 80 sua aparição em áreas urbanas foi até motivo para publicações em periódicos ornitológicos, mas hoje em dia sua presença em nossas cidades já não é mais novidade e já foi encontrada até mesmo em parques próximos ao centro de metrópoles como Campinas e Ribeirão Preto. Sua distribuição vem crescendo e recentemente chegou à cidade de São Paulo, que está fora de sua distribuição original que era restrita a áreas de cerrado.
A choca-barrada costuma ser vista aos casais, nas copas de árvores baixas ou nos estratos florestais médios, alimentando-se basicamente de insetos. É territorial, ao menos na época de reprodução.
O ninho em forma de taça costuma ser construído em arbustos fechados. Os ovos, geralmente dois, são incubados pela fêmea por cerca de duas semanas. O casal se reveza na alimentação dos filhotes, que levam mais duas semanas para abandonar o ninho. Há relatos de casais que procriaram duas vezes na mesma estação reprodutiva.

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