Cardeal-do-Nordeste ou Galo-da-campina ( Paroaria dominicana )

Comprimento: 18cm
Identificação: existem outras 4 espécies de cardeais: o do sul (Paroaria coronata), o da amazônia (P. gularis), o do pantanal (P. capitata) e o de Goiás (P. baeri). O topete do cardeal-do-sul o distingue do cardeal-do-nordeste. Já as espécies restantes diferem pelo fato de possuírem manchas negras na garganta ou em partes da cabeça, enquanto estas regiões são in- teiramente vermelhas no cardeal-do-nordeste. É sem dúvida uma das aves mais belas do Nordeste brasileiro, onde é mais conhecida como galo-da-campina. É originalmente espécie endêmica do sertão nordestino, mas hoje em dia expandiu sua distribuição com a ajuda direta ou indireta do homem. Foi favorecido pelo deflorestamento e com isso passou a habitar não só o sertão, mas também regiões antigamente ocupadas por florestas, chegando até o litoral. Sua beleza faz com que seja perseguido ao longo de toda sua distribuição por passarinheiros que abastecem o tráfico de aves nacional e até mesmo in- ternacional. Foi a partir de aves de cativeiro que fugiram, ou até mesmo por solturas intencionais, que esta ave passou a ocorrer em locais bem distantes de sua distribuição original, como as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde mantêm populações estáveis. Alimenta-se basicamente de sementes e pequenos insetos que captura no solo. Aprende a comer em comedouros artificiais e pode se tornar muito dócil quando acostumada. Vive aos pares ou em pequenos grupos. Sabe-se muito pouco sobre seus hábitos e ecologia na natureza. Quase tudo o que se sabe sobre seu comportamento foi descoberto por meio de aves em cativeiro. Sabe-se que as aves de cativeiro são muito sensíveis a vários tipos de parasitoses, o que somado ao fato de serem muito arredias e se estressarem facilmente tem como consequência uma mortalidade elevada.

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