Chopim ( Molothrus bonariensis )

Tamanho:20cm
Idenficação: o macho adulto é preto-azulado, mas dependento da ilumição só se enxerga a cor negra. A fêmea é marrom-escura. Pode ser confundido com o pássaro-preto (Gnorimopsar chopi), mas este é maior e possui o bico mais alongado e fino. Difere das duas outras espécies do gênero Molothrus, a iraúna-grande (Molothrus oryzivorus) e do vira-bosta-picumã (Molothrus rufoaxillaris) por ser bem menor que o primeiro e um pouco maior que o segundo, que além de ser menor que o chopim também apresenta a parte inferior das asas mais clara e uma mancha avermelada na base inferior das asas. É provavelmente a ave mais odiada do Brasil, principalmente por causa de seus hábitos parasitas na reprodução, pois nunca cuida de seus próprios ovos, sempre os botando nos ninhos de outras aves para que elas criem seus filhotes. Já foram registrados ovos de chopim em ninhos de mais de 170 espécies de aves, mas a ave mais tipicamente parasitada pelo chopim é o pequeno tico-tico. O filhote de chopim é maior e mais apelativo que os irmãos adotivos, que geralmente perdem a competição pelo alimento e morrem. É revoltante assistir a pequena mãe tico-tico alimentando o filhote de chopim, muito maior que ela mesma, sempre com fome e implorando por mais comida. Em muitas regiões do Brasil é chamada de chopim a pessoa que se aproveita dos outros indevidamente. Vive primariamente em formações campestres, as vezes em grupos de dezenas de indivíduos. Alimenta-se de insetos e sementes. O hábito de fuçar nas fezes do gado a procura de sementes mal digeridas lhe confere seu outo nome popular vira-bosta. Segue o gado para capturar os insetos por ele deslocados. Aprende a comer em comedouros artificiais de aves, a catar migalhas em locais públicos e a seguir arados para capturar minhocas e outros pequenos animais. É considerado uma praga agrícola, especialmente em arrozais do sul do país. Os machos se exibem para as fêmeas com vôos curtos nos quais cantam sem parar, arrepiam suas penas e batem as asas semi-abertas e também com apre- sentações que envolvem eriçar as penas, balançando-as rapidamente e vocalizar. Sua vocalização atinge frequências inaudíveis para os seres humanos.

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