Bico-de-lacre ( Estrilda astrild )

Comprimento: 10cm
Identificação: ave pequena com coloração em tons de bege com finas estriações mais escuras. O bico e a região ao redor dos olhos é alaranjado ou vermelho. Este simpático passarinho é muito bem conhecido, mas o que poucas pessoas sabem é que não é uma ave originalmente brasileira. Na verdade é uma ave originária das savanas africanas que passou a ser criado como ave de gaiola pelos europeus que a trouxeram para o Brasil desde o século XIX como animal de estimação. Acontece que esta ave acabou fugindo das gaiolas em vários locais e por uma coincidência histórica acabou tendo muito sucesso em nosso país. Assim como o bico-de-lacre, algumas espécies de gramíneas das quais se alimentava na savana africana foram introduzidas no Brasil a fim de melhorar a qualidade de nossas pastagens e por conta disso as aves que escaparam encontraram uma fonte de alimento farta e familiar. Vivem em formações campestres e em terrenos baldios próximos às cidades de onde fugiram originalmente. No Sudeste, onde estas aves já estão há muito tempo em liberdade já estão bem difundidas. Andam em grupos de 5 a 15 indivíduos. Quando em vôo a ave alterna batidas rápidas das asas com pequenas pausas. Costumam vocalizar enquanto voam, produzindo um som muito característico quando o bando está se deslocando. Seu tamanho e peso reduzidos o permitem se equilibrar até as extremidades das hastes de gramíneas com sementes, que são sua principal fonte de alimento. São muito engenhosos na construção dos ninhos, que são feitos de fibras de gramíneas entrelaçadas cuidadosamente. A entrada é geralmente virada para baixo, então dificilmente é vista por alguém que vê o ninho de cima. É comum haver uma entrada falsa mais exposta, provavelmente para despistar predadores.

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