Pomba-de-bando ( Zenaida auriculata )
- Sent by Rodrigo Girardi Santiago - 22/02/2007
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25cm. De tamanho intermediário entre uma rolinha e um pombo, só pode ser confundida com as juritis ( gênero Leptotila ), mas ao contrario destas não ocorre em florestas e bosques, sendo estritamente campestre.
Como o próprio nome diz, costuma ser uma ave gregária, podendo formar bandos de milhares de indivíduos durante migrações ou em pousos coletivos em locais onde dormem. Em cidades do estado de São Paulo como Campinas e Ribeirão Preto quase todas as aves da região no entorno destas cidades dormem em uma mesma praça e no caso de Campinas, praticamente em uma só árvore, que fica carregada com milhares de aves. É possível observar todas as manhãs e todas as tardes estas aves partindo e voltando ao mesmo local, muitas vezes viajando dezenas de quilômetros.
No Nordeste, onde realiza migrações locais conforme as secas também forma bandos enormes. Nessa região é muito caçada, chegando a ser vendida em feiras populares. É parte importante da alimentação dos sertanejos desta região.
Os grandes bandos desta ave podem se transformar em pragas agrícolas em culturas de grãos.
Originalmente ave campestre típica da Caatinga, Cerrado e campos, atualmente vem aumentando significativamente sua distribuição, beneficiada pelo desmatamento e nas ultimas décadas conquistou efetivamente o ambiente urbano, chegando ate mesmo a grandes metrópoles como São Paulo, onde sua população vem aumentando a cada ano.
É provável que esteja deslocando a rolinha-caldo-de-feijão ( Columbina talpacoti ) nas cidades. Muitos têm observado um declínio na população da ultima espécie e um aumento visível na população da pomba-de-bando.
É muito prolífica. Em alguns locais pode construir seu ninho diretamente no chão, mas é mais comum que o construa um arbustos, palmeiras ou ate mesmo no forro de telhados. O ninho é um amontoado de gravetos tão ralo que as vezes é possível ver os ovos através dele. Não é de se estranhar que tantos ovos e filhotes caiam derrubados pelo vento ou pela chuva.
Geralmente são criados 2 ou 3 filhotes por ninhada. Estes são alimentados por ambos os pais e deixam o ninho dentro de duas semanas.