Sabia-laranjeira ( Turdus rufiventris )

24cm. Identificação: inconfundível pela coloração avermelhada da barriga.
É a ave símbolo do Brasil, título concedido pela sua presença constante na cultura popular seja em poemas ou músicas. Há quem questione a escolha desta ave como símbolo nacional, especialmente pelo fato de não ser endêmica do Brasil, ocorrendo também em países vizinhos, mas atualmente o título já está oficializado.
Apesar de estar distribuído por quase todo o Brasil não amazônico é mais comum no litoral próximo a ele. Quando comparado a outro sabiá muito comum, o sabiá-pardo ( Turdus leucomelas ), é mais frequente em regiões úmidas. Ocorre em pomares, bordas de mata e é especialmente comum em parques urbanos, sendo muito freqüente onde quer que haja uma área verde, mesmo em grandes metrópoles como Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
Assim como outros sabiás alimenta-se de invertebrados que captura revirando o solo e folhas caídas no chão. Também consome pequenos frutos que pega diretamente nas árvores ou caídos no chão. Aceita alguns alimentos oferecidos pelo homem, especialmente frutos como o mamão e a goiaba.
Seu canto possui uma estrutura pré-determinada, mas parte de sua melodia é aprendida, portanto há grande variação individual e conforme a localidade. O canto verdadeiro só pode ser ouvido na primavera, que é o início da época reprodutiva. A partir de Setembro os machos cantam incessantemente o dia inteiro e muitas vezes até mesmo a noite. Em meados do verão cessa a cantoria e as únicas vocalizações emitidas por estas aves são aquelas de alerta, especialmente ao entardecer quando disputam os melhores poleiros para pernoitar.
O ninho é geralmente feito em forquilhas de árvores de porte médio. É construído basicamente de gravetos e folhas finas, podendo ser reforçado com barro. Os pais se revezam na alimentação dos filhotes, que levam cerca de 3 semanas para abandonar o ninho.
Realiza migrações sazonais, indo para o norte ou para altitudes mais baixas nos meses mais frios.

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