Biguá ( Phalacrocorax ( brasilianus ) olivaceus )

Comprimento: 70cm
Identificação: Quando pousado ou nadando é impossível de ser
confundido com qualquer outra espécie brasileira, mas quando em vôo lembra muito algumas espécies de patos, diferindo pelo bico mais alongado e um tanto curvo na ponta e pelo corpo ser menos volumoso que o dos patos.
Apesar de ser a única ave do grupo dos cormorões que ocorre no Brasil esta espécie se faz presente em virtualmente todo o nosso território, em qualquer local onde haja água e peixes. Ocorre desde o sul do Chile até os E.U.A e ao longo de sua distribuição vive tanto no mar quanto em estuários, rios e lagoas, sejam elas naturais ou artificiais.
É famoso pela sua grande habilidade na pesca. Quando submerso nada com o auxílio dos pés palmados e usa as asas para mudar de direção ou parar. Aparentemente confia mais no tato que na visão para encontrar suas presas, pois fuça a vegetação aquática e as pedras com seu bico a procura de peixes entocados, especialmente peixes de couro como cascudos e bagres, mas também consegue capturar peixes muito mais ágeis como tilápias e carás. Essa habilidade faz com que esta ave seja odiada por pescadores e psicultures.
Muitas vezes forma grupos enormes, de centenas de indivíduos, que cercam grandes cardumes de peixes, empurrando-os para as margens e para as partes mais rasas dos lagos para que não tenham para onde fugir.
Parte de sua capacidade de mergulhar vem do fato de ao contrário da maioria das aves, suas penas não serem muito impermeáveis. A implicação negativa deste fato é que após cada mergulho o biguá precisa secar-se, abrindo suas asas enquanto toma sol. Quando está com calor também abre as asas e costuma vibrar o papo parar se refrescar com o ar que circula nesta região.
Apesar de poder ser visto sozinho durante o dia raramente dorme isolado pois quase sempre forma grandes ninhais, mesmo fora da época de reprodução e é para estes ninhais que as aves voam todos os dias ao entardecer, as vezes em grandes grupos em formação de ``V´´, geralmente voando rentes à água. Os ninhais podem reunir milhares de indivíduos, que ao depositarem suas fezes ricas em ácido úrico sobre as arvores nas quais se empoleram acabam matando suas folhas, o que em grandes escalas pode acabar com boa parte da vegetação na região dos ninhais.
Na época da reprodução o bico se torna mais claro e podem aparecer algumas penas brancas na base do bico e garganta. O casal constrói o ninho no topo de uma árvore alta no ninhal com gravetos frouxamente entrelaçados. Podem ser postos até 3 ovos, mas geralmente só um ou dois filhotes sobrevivem. Os pais se revezam na alimentação dos filhotes.

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