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3.4 Problemas ambientais brasileiros e desenvolvimento sustentável: uma relação possível?
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Caro(a) professor(a),


  É com grande satisfação que trazemos a você este guia com dicas para a utilização de recursos educacionais que podem enriquecer ainda mais o seu planejamento didático. Você poderá usá-las de acordo com a sua vontade e com sua proposta de trabalho. 

  Os objetos educacionais de biologia foram produzidos especialmente para você e estão organizados em seis temas estruturadores. Este guia tratará de uma das quatro unidades temáticas que compõem o tema estruturador “Interação entre os seres vivos”. Trata-se da unidade temática “Problemas ambientais brasileiros e desenvolvimento sustentável: uma relação possível?”.

  Para abordar esse tema, serão sugeridos onze objetos educacionais que poderão ser utilizados para complementarem o trabalho que você já realiza com o livro didático. Além disso, ao longo deste guia, também selecionamos outros materiais que poderão ser bastante úteis em suas pesquisas e na produção de atividades complementares.

  Os objetos educacionais da unidade temática “Problemas ambientais brasileiros e desenvolvimento sustentável: uma relação possível?” são os seguintes:


  1. (Áudio) Entrevista: Ocupação de áreas de mananciais;
  2. (Áudio) Profissões: Ecólogo;
  3. (Áudio) Profissões: Advogado especialista em direito ambiental;
  4. (Software) Chuva ácida;
  5. (Software) Qual é a palavra? Problemas ambientais brasileiros e desenvolvimento sustentável: uma relação possível?;
  6. (Experimento) Chuva ácida e suas consequências – aula 1;
  7. (Experimento) Chuva ácida e suas consequências – aula 2;
  8. (Experimento) Chuva ácida e suas consequências – aula 3;
  9. (Experimento) Reciclagem papel/sabão– aula 1; 
  10. (Experimento) Reciclagem papel/sabão – aula 2; 
  11. (Experimento) Reciclagem papel/sabão – aula 3;  

 

  Professor(a), todos esses objetos educacionais podem ser usados tanto de forma isolada quanto integrada. Lembramos que este guia tem o objetivo de apresentar algumas sugestões, mas a sua experiência e criatividade certamente possibilitarão outros encaminhamentos, que sejam até mais adequados para as necessidades específicas de seus alunos.

  Indicaremos um roteiro para o uso integrado dos objetos educacionais e que possibilitarão o desenvolvimento dos principais conceitos previstos para esta unidade. Apresentaremos os roteiros para o uso isolado de cada objeto educacional caso você deseje trabalhar com eles de forma independente. Também são aqui sugeridas algumas propostas para atividades complementares e exercícios que você, professor(a), poderá utilizar em diferentes momentos para aprofundamento de alguns assuntos ou para incentivar a sua fixação junto a seus alunos. Oferecemos, ainda, uma lista de referências de livros e páginas da internet que poderão auxiliá-lo a pesquisar sobre os assuntos aqui abordados, bem como a encontrar outros materiais que poderão ser explorados e utilizados com os alunos.

  As sugestões de uso isolado dos recursos disponibilizados podem ser encontradas nas seguintes páginas:


  1. Sugestão de uso do áudio “Entrevista: Ocupação de áreas de mananciais;
  2. Sugestão de uso do áudio “Profissões: Ecólogo”;
  3. Sugestão de uso do áudio “Profissões: Advogado especialista em direito ambiental”;
  4. Sugestão de uso do software “Chuva ácida”;
  5. Sugestão de uso do software “Qual é a palavra? Problemas ambientais brasileiros e desenvolvimento sustentável: uma relação possível”;
  6. Sugestão de uso do experimento “Chuva ácida e suas consequências” - aula 1;
  7. Sugestão de uso do experimento “Chuva ácida e suas consequências” - aula 2;
  8. Sugestão de uso do experimento “Chuva ácida e suas consequências” - aula 3;
  9. Sugestão de uso do experimento “Reciclagem Papel/Óleo ” - aula 1;
  10. Sugestão de uso do experimento “Reciclagem Papel/Óleo ” - aula 2;
  11. Sugestão de uso do experimento “Reciclagem Papel/Óleo ” - aula 3.


 
  Lembramos que as sugestões que este guia apresenta, professor(a), não esgotam todas as possibilidades de utilização dos objetos educacionais disponibilizados. Na verdade, é você quem vai decidir sobre o momento e a forma mais adequada para o uso desses objetos, a partir de sua própria experiência, das condições que a sua escola oferece e das características e necessidades de seus alunos. O importante é ter disposição para inserir novos recursos em suas aulas e verificar, aos poucos e na prática, qual metodologia funciona melhor com cada objeto para atingir os seus objetivos instrucionais.



Conceitos desta unidade temática:

 

• Ecossistemas;
• Importância da ecologia;
• Acidez e alcalinidade, envolvendo pH;
• Formação de chuva ácida;
• Problemas ambientais no uso e ocupação do solo;
• Aquecimento global/ mudanças climáticas;
• Legislação ambiental;
• Desenvolvimento sustentado

 


As competências e habilidades que poderão ser desenvolvidas são:

• Compreender o fluxo de matéria nos ecossistemas;
• Refletir sobre os impactos da inserção do homem no ambiente;
• Reconhecer a importância do saneamento básico para a melhoria da qualidade de vida;
• Compreender a dinâmica dos sistemas de drenagem e sua relação com o uso e a ocupação do solo;
• Relacionar a densidade e o crescimento da população com a sobrecarga dos sistemas ecológico e social;
• Relacionar os padrões de produção e consumo com a devastação ambiental, redução dos recursos e extinção de espécies;
• Apontar as contradições entre conservação ambiental, uso econômico da biodiversidade, expansão das fronteiras agrícolas e extrativismo;
• Avaliar a possibilidade de serem adotadas tecnologias ambientais saudáveis;
• Analisar propostas elaboradas por cientistas, ambientalistas, representantes do poder público referentes à preservação e recuperação dos ambientes brasileiros;
• Fazer um levantamento das propostas que têm sido elaboradas visando ao desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira e sistematizá-las em um texto. Em uma determinada região (uma favela, um bairro, o entorno da escola) realizar estudos para:
• Avaliar as condições ambientais, identificando o destino do lixo e do esgoto, o tratamento dado à água, o modo de ocupação do solo, as condições dos rios e córregos e a qualidade do ar; • Entrevistar os moradores, ouvindo suas opiniões sobre as condições do ambiente, suas reclamações e sugestões de melhoria;
• Elaborar propostas visando à melhoria das condifções encontradas, distinguindo as de responsabilidade individual das que demandam a participação do coletivo ou do poder público;
• Identificar as instâncias da administração pública que poderiam receber as reivindicações e encaminhá-las.


SUGESTÃO DE ROTEIRO DE USO INTEGRADO DOS RECURSOS

  A unidade “Problemas ambientais brasileiros e desenvolvimento sustentável: uma relação possível?” pode ser desenvolvida com o auxílio de onze objetos educacionais. Eles estão publicados separadamente, em respeito à autonomia que você, professor(a), tem para escolher o(s) objeto(s) que considerar mais apropriado(s) para o trabalho que já realiza. Neste item, vamos propor o uso integrado dos objetos, que poderão ser baixados e instalados em seu próprio computador ou no da escola.
  Professor(a), lembramos mais uma vez que a nossa sugestão para o uso integrado dos objetos educacionais é apenas uma dentre várias possibilidades. Na medida em que se sentir mais seguro no uso desses recursos, e com a criatividade e conhecimento que você tem, certamente poderá desenvolver muitas outras formas de utilização, que sejam até mais adequadas do que a que estamos propondo.
  Reforçamos, professor(a), que os guias são apenas sugestões desenvolvidas com o objetivo de incentivá-lo a utilizar novas mídias em suas aulas. Na medida em que se acostumar a usá-los, você mesmo poderá desenvolver seus próprios roteiros, misturando até mesmo objetos educacionais que alocamos em outras unidades temáticas
  Trabalhar a problemática ambiental e o desenvolvimento sustentado é uma tarefa difícil, uma vez que envolve conceitos das mais diversas áreas, desde a Sociologia até a Química e Biologia. Inicialmente, sugerimos que faça uma “chuva de ideias” sobre os problemas ambientais e busque relacionar com o local da escola e dos alunos. Para isso, faça algumas perguntas gerais como: O que vocês consideram como problemas ambientais? Quais problemas ambientais vocês acreditam que tenham maior impacto ao ambiente? Existem problemas ambientais ao redor de nossa escola ou comunidade? O que podemos fazer em relação a eles?
  Anote na lousa as respostas mais citadas e peça para os alunos copiarem em seus cadernos também, com o objetivo de refletirem sobre suas respostas ao longo das atividades. Procure não se estender muito neste momento, corrigir conceitos, ou dar mais explicações. Uma vez problematizada a situação, você poderá utilizar a animação “Chuva ácida”. A animação ajudará na visualização de um dos problemas ambientais. Após o uso desta, questione os alunos sobre a chuva ácida: Como ela se forma? A chuva ácida ocorre somente por causa da intervenção do homem? Onde há maior incidência de chuva ácida? Além dos problemas apresentados, que outros estão relacionados com a incidência de chuva ácida?
  Para que o aluno compreenda melhor a formação da chuva ácida, realize a sequência de aulas 1, 2 e 3 para o experimento “Chuva ácida e suas consequências”. Por meio destas atividades, os alunos terão a oportunidade de visualizarem a formação da chuva ácida, além de trabalharem com substâncias bioindicadoras de pH, como o suco do repolho roxo. É interessante abordar com os alunos as reações químicas envolvidas nestes processos.
  Após realizar estas atividades, sugerimos uma sequência de trabalho que aborde os conceitos sobre a geração dos problemas, conservação e reciclagem. Apresente aos alunos o áudio da série entrevistas “Ocupação de áreas de mananciais”. Após ouvirem o programa, realize uma discussão com a classe. Para isso, faça algumas perguntas gerais como: O que são áreas de mananciais? Como essas áreas estão sendo ocupadas? Qual relação entre a forma de ocupação dessas áreas e os problemas ambientais? Espera-se que, com auxílio desse áudio e com a discussão, o aluno reflita sobre como as ações do homem podem gerar diversos problemas ambientais e como poderíamos evitar isso.
  Se houver tempo, você ainda pode propôr a elaboração de um mapa de ideias, relacionando os problemas ambientais com ações do homem que geram impactos ambientais, e com ações que geram a minimização, mitigação ou compensação dos impactos e danos ambientais. Outra possibilidade é que os alunos elaborem um questionário e realizem entrevistas com os moradores locais sobre as questões dos problemas ambientais e quais as atitudes das pessoas que ajudam na conservação do ambiente.
  Na sequência você poderá apresentar os dois áudios, da série profissões: “Ecólogo” e “Advogado especialista em direito ambiental”. Por meio deles, os alunos poderão compreender como algumas profissões podem atuar diretamente sobre as questões dos problemas ambientais. Estimule os alunos a procurarem informações sobre outros profissionais que também atuam na área ambiental, destacando como suas tarefas se interrelacionam.
  Mencionada essa questão, leve os alunos à realizarem algumas tarefas que possuem como objetivo minimizar os impactos ambientais gerados pelas atividades do homem. Para tanto, realize as aulas 1,2 e 3 do experimento “Reciclagem de papel/óleo”. Solicite que os alunos levantem informações sobre o impacto ambiental do óleo doméstico lançado nas pias domésticas, assim como sobre o consumo de papel e a reciclagem deste. Os experimentos permitirão aos alunos vivenciar atividades que poderão ser levadas para seu cotiano. Procure explorar com os alunos os conceitos relacionados às práticas, como elementos químicos, reação de saponificação, biomoléculas (lipídios no óleo e carboidratos na celulose).
  Finalize o trabalho deste eixo temático com o software “Qual é a palavra? Problemas ambientais brasileiros e desenvolvimento sustentável: uma relação possível?”, em que os alunos precisarão reunir todos os conceitos aprendidos e as dificuldades poderão se tornar mais evidentes, ajudando você, professor(a), a retomar os pontos que considerar mal esclarecidos.



SUGESTÃO DE ROTEIRO PARA O USO ISOLADO DE CADA OBJETO EDUCACIONAL

(ÁUDIO) ENTREVISTA: Ocupação de áreas de mananciais

  O áudio “Entrevista: ocupação de áreas de mananciais” tem como objetivos principais favorecer a compreensão dos conceitos de fluxo de matéria nos ecossistemas, suscitar a discussão sobre os impactos da inserção do homem no meio ambiente e estimular o debate sobre os fatores que influenciam a qualidade de vida dos seres humanos. O programa também auxilia na conscientização dos alunos sobre a relação entre o crescimento urbano desordenado, a poluição ambiental e as consequências da falta de saneamento básico para a saúde da população.
  Como você pode perceber, professor(a), esse recurso permite uma integração muito rica entre conteúdos de ecologia - ciclo biogeoquímico da água, cadeias alimentares, degradação ambiental – e biologia dos organismos, com destaque para doenças relacionadas à ausência de tratamento de água e esgoto.
  Uma ideia para você iniciar o trabalho com este recurso educacional é retomar o ciclo da água. Peça para que os alunos relembrem as principais etapas; ao mesmo tempo, pode ser feito um esquema na lousa para facilitar a visualização. Esse desenho deverá mostrar que a água evapora das superfícies aquáticas e terrestres, passa para a atmosfera e forma as nuvens. Depois, precipita na forma de chuva, neve ou granizo. Pela ação da gravidade, a água pode atravessar as camadas do solo e atingir um lençol freático, de onde pode chegar até a um rio, riacho, lago ou mar.
  Os alunos não podem se esquecer da participação dos seres vivos no ciclo. Parte da água precipitada é normalmente retida pelo solo e absorvida pelas plantas terrestres por suas raízes. As plantas perdem água para o meio externo principalmente pela evapotranspiração; além disso, a água contida nas plantas pode passar para os níveis tróficos dos consumidores por transferência alimentar. Os animais, em geral, participam do ciclo da água pela ingestão direta da mesma e podem eliminá-la por meio da urina, fezes, ar expirado e suor. Verifique algumas sugestões de bibliografias para reforçar esse conteúdo, professor(a).
  Depois de conversar com a classe sobre o ciclo da água, questione a respeito dos seguintes dados: a superfície do planeta Terra é composta de 2/3 de água, que passa por ciclos que fazem com que ela retorne à natureza. Então, por que cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem atualmente com a falta de água potável? Quais as razões para a Organização das Nações Unidas (ONU) declarar que, até 2025, 1/3 da população mundial (cerca de 2,7 bilhões de pessoas) enfrentará graves problemas devido à escassez de água?
  Explique aos seus alunos que, do total da hidrosfera, 97% encontra-se nos oceanos, ou seja, trata-se de água salgada e imprópria para o consumo humano. E que, dos 3% restantes de água doce, cerca de 2,6%, estão congelados nas calotas polares (principalmente na Antártida) e nas geleiras. Isso significa que apesar da superfície do nosso planeta ser composta em sua maior parte por água, apenas 0,4% do total hídrico é potável. Esses dados demonstram que o acesso à água apropriada para consumo não é tão fácil como parece. Ainda que o ciclo ocorra continuamente, existem fatores que interferem nas suas etapas e prejudicam a disponibilidade da água possível de ser ingerida. O crescimento populacional, aliado à intervenção humana irresponsável e à desigualdade social são alguns dos fatores que agravam esse quadro.
  Após trabalhar essas e outras questões que julgar relevantes, sugerimos que apresente à classe o áudio “Entrevista: Ocupação de áreas de mananciais”. Se o áudio for reproduzido de um único equipamento para a sala toda, assegure-se de que todos conseguirão ouvi-lo adequadamente. Professor(a), aconselhamos que você deixe os alunos se sentarem à vontade para acompanharem melhor o programa. Caso julgue interessante, distribua antes o roteiro de trabalho sugerido para o aluno. Você também pode optar por modificá-lo ou criar outro conforme as suas estratégias de ensino.
  Convém explicar para os estudantes que o roteiro contém orientações gerais e questões que têm o objetivo de ajudá-los a prestar atenção em pontos importantes do programa. Oriente-os para não responderem as perguntas durante a reprodução do áudio, porque isso irá atrapalhá-los. Deixe que eles leiam as questões algumas vezes e, só depois que estiverem acomodados e prontos, inicie a reprodução do áudio, evitando fazer interrupções ou comentários. Após ouvir o programa pela primeira vez, pergunte aos alunos se há palavras desconhecidas e promova uma discussão a respeito delas. É importante que os esclarecimentos sejam realizados antes do programa ser apresentado novamente. Depois, peça para que os alunos respondam às questões do roteiro e tragam na próxima aula, para discussão em classe.

AVALIAÇÃO

  Para verificar se a classe compreendeu o conteúdo apresentado pelo recurso, uma sugestão é promover uma discussão a respeito das questões que estão no roteiro de trabalho. Sendo assim, se houver necessidade, os trechos do áudio poderão ser ouvidos novamente e as dúvidas, discutidas e esclarecidas com os alunos. Se achar interessante, divida a classe em grupos para que cada um fique responsável por prestar atenção em tópicos diferentes apresentados no áudio. Por exemplo, alguns alunos precisarão responder às questões referentes ao conceito de mananciais, aos sistemas de drenagem das grandes cidades ou aos desequilíbrios ecológicos. Você poderá atribuir a nota pela participação na discussão da aula anterior e/ou no trabalho com o roteiro.
  Para isso, professor(a), inicie a aula seguinte retomando as questões do roteiro de trabalho e se aprofundando em alguns pontos importantes tratados no áudio. Pergunte se os alunos se eles se lembram da definição de mananciais, que são as fontes, superficiais ou subterrâneas, utilizadas para o abastecimento humano e a manutenção de atividades econômicas. Por que essa ocupação tem acontecido? Quais são as principais razões apontadas pelos entrevistados?
  Em seu processo de crescimento, a cidade foi cada vez mais invadindo os mananciais, que antes estavam distantes da ocupação urbana. Explique que isso é um reflexo da desigualdade social brasileira: devido à baixa renda da maioria da população, muitas pessoas constroem suas moradias em locais ilegais, sem a infraestrutura necessária, como redes de água e esgoto.
  Tais loteamentos desordenados acabam contribuindo com a poluição das fontes de água por esgoto sanitário, que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a principal fonte de poluição dos mananciais. Além disso, a ocupação irregular provoca outros problemas ambientais, como redução da capacidade produtora e de armazenamento de água do sistema hídrico; assoreamento dos rios, nascentes e reservatórios; e erosão, resultando em deslizamentos de terra com risco de morte. Se desejar, aprofunde-se na questão do desequilíbrio nas relações ecológicas, causado pelo desmatamento e pela poluição. Muitas espécies características dos ecossistemas terrestres ou aquáticos serão afetadas ou até extintas, o que acarreta interferência no fluxo de matéria ao longo das cadeias alimentares.
  Não se esqueça, também, de reforçar que a ocupação das áreas de mananciais ainda afeta a saúde dos seres humanos, pois a contaminação da água potável pela inexistência de redes de esgoto está associada ao aparecimento de muitas doenças. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 80% das enfermidades que ocorrem nos países em desenvolvimento são ocasionadas justamente pela contaminação da água. A OMS revela que 25 milhões de pessoas no mundo morrem por ano devido a doenças como cólera e diarreia.
  Caso seja do seu interesse, sugerimos trabalhar paralelamente com os produtos do tema “A distribuição desigual da saúde pelas populações”, que traz recursos sobre as principais parasitoses que acometem os seres humanos. Além de degradar a qualidade da água e possibilitar a transmissão de doenças, a deficiência de redes de esgoto e a impermeabilização do solo causada pelo crescimento urbano desordenado contribuem para aumentar a possibilidade de ocorrência de inundações. O problema se agrava ainda mais devido ao comportamento dos próprios cidadãos, que acabam entupindo bueiros e galerias com lixo, impedindo a drenagem da água das chuvas.
  Para exemplificar, traga reportagens sobre a situação da cidade de São Paulo, que enfrenta um verdadeiro caos urbano. Veja na Bibliografia Complementar indicações de materiais veiculados nos principais meios de comunicação do país. Ao final, é importante que os alunos tenham compreendido que ações aparentemente isoladas de ocupação de áreas de mananciais podem acabar gerando uma reação em cadeia, afetando tanto o meio ambiente quanto a população.



(ÁUDIO) PROFISSÕES: Ecólogo

  Os programas da Série Profissões, além de abordarem conteúdos teóricos de grande importância para os alunos de Ensino Médio, ainda podem auxiliá-los na escolha da carreira que desejam seguir. Isso porque os áudios que fazem parte desta série trazem profissionais da área comentando sobre suas respectivas tarefas.
  Com a ajuda desse programa, os seus alunos poderão conhecer a profissão de ecólogo e descobrir a importância de seu trabalho para a sociedade. Eles saberão quais são as principais tarefas desse profissional e os cursos que existem no país para se graduar nessa área. O áudio ainda permite que os estudantes trabalhem conteúdos de ecologia, como a relação entre as variações populacionais e os fatores de origem biótica (ocasionados pela presença de seres vivos ou suas relações), abiótica (propriedades físicas e químicas da biosfera) e a diversidade de biomas brasileiros.
  Antes de iniciar a reprodução do áudio, sugerimos que você introduza o assunto, destacando a importância da ecologia. Também acreditamos que seja interessante trazer dados a respeito de alguns problemas ambientais, para que os alunos compreendam a importância da atuação do ecólogo, facilitando o desenvolvimento do tema. Uma sugestão é iniciar uma discussão em sala, fazendo perguntas como: O que é ecologia? Qual a importância da ecologia? Por que ela tem assumido cada vez mais visibilidade na sociedade? Qual o papel das ações humanas na degradação ambiental? Por que a preservação do meio ambiente é importante? Que medidas são necessárias para garanti-la?
  Relembre a classe de que a ecologia é o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente. Portanto, trata-se de uma ciência que envolve diferentes ramos do conhecimento, como a fisiologia, a genética, o comportamento e a evolução biológica dos seres vivos. Além disso, a ecologia se relaciona à Física, Química, Ciências Econômicas e Sociais. As principais tarefas do ecólogo, profissional que atua nessa área, envolvem o desenvolvimento de estratégias para minimizar os impactos ambientais, realização de pesquisas, avaliação de riscos ambientais, desenvolvimento de projetos de recuperação, gerenciamento de equipes multidisciplinares e desenvolver políticas sustentáveis junto à população.
  E por que tudo isso é tão necessário? Mencione que o mundo passou a voltar os olhos para as questões ambientais somente quando percebeu que as ações humanas estavam destruindo o planeta, já que durante séculos a extração de recursos naturais, a poluição do ar e dos recursos hídricos e a matança de animais e plantas foi realizada de forma indiscriminada, sem responsabilidade. Explique que hoje sofremos as consequências disso: a qualidade de vida dos seres humanos foi afetada e o homem se tornou o principal agente do processo de extinção de muitas espécies da fauna e da flora.
  Traga dados para ilustrar melhor o problema da degradação ambiental. Informe que, segundo o Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural, vinculado ao Ministério das Minas e Energia, cerca de 1,46 milhão de toneladas de monóxido de carbono (CO) são lançadas anualmente no ar, sendo este cálculo relacionado somente à cidade de São Paulo. Este gás é o principal poluente atmosférico e resulta do processo de combustão que ocorre em fontes móveis (motores a gasolina, diesel ou álcool) e em fontes fixas industriais.
  O monóxido de carbono é altamente tóxico e pode causar a morte por asfixia, pois o CO substitui o oxigê- nio na reação com a hemoglobina do sangue (pois a afinidade da hemoglobina com o monóxido de carbono é 210 vezes maior do que com o oxigênio). É importante fazer a distinção entre o CO e o CO2 (dióxido de carbono), informando que o primeiro resulta da combustão de combustíveis fósseis (como petróleo, gás natural, carvão e madeira) e contribui para o aquecimento global, representando 55% dos gases de efeito estufa na atmosfera. Para detalhar mais esses tópicos, consulte os produtos do eixo temático “Desorganizando os fluxos da matéria e da energia: a intervenção humana e os desequilíbrios ambientais”.
  Os ecólogos contribuem significativamente para nossa compreensão e preservação da biodiversidade e podem ajudar a solucionar esses e outros problemas, recuperando áreas degradadas pela ação antrópica e promovendo o planejamento ambiental. E sua atuação pode ser ainda mais ampla: o profissional pode trabalhar no controle de pragas, epidemias, geração de energia, manejo de espécies e mapeamentos, dentre outros que envolvem o estudo e a compreensão da biosfera.
  Após essas e outras explicações que julgar apropriadas, explique para a classe que agora todos ouvirão um áudio que irá trazer mais informações sobre a rotina de um ecólogo. Se o programa for reproduzido de um único equipamento para a sala toda, assegure-se de que todos conseguirão ouvi-lo adequadamente. Professor(a), sugerimos que você deixe os alunos se sentarem à vontade para acompanharem melhor o áudio.
  Caso julgue interessante, distribua antes o roteiro de trabalho sugerido para o aluno. Você pode optar por modificá-lo ou criar outro conforme as suas estratégias de ensino. Convém explicar para os estudantes que o roteiro contém orientações gerais e questões que têm o objetivo de ajudá-los a prestar atenção em pontos importantes do programa. Oriente-os para não ficarem respondendo ao questionário durante a reprodução do áudio, porque isso irá atrapalhá-los. Deixe que eles leiam as questões algumas vezes e, só depois que estiverem acomodados e prontos, inicie a reprodução, evitando fazer interrupções ou comentários.
  Após ouvir o programa pela primeira vez, pergunte aos alunos se há palavras desconhecidas e promova uma discussão a respeito delas. É importante que os esclarecimentos sejam realizados antes do programa ser apresentado novamente. Se julgar interessante, peça para que os alunos respondam às questões do roteiro e tragam na próxima aula, para discussão em classe.

AVALIAÇÃO

Para verificar se a classe compreendeu o conteúdo apresentado pelo recurso, uma sugestão é promover uma discussão a respeito das questões que estão no roteiro de trabalho. Sendo assim, se houver necessidade, os trechos do áudio poderão ser ouvidos novamente e as dúvidas, discutidas e esclarecidas com os alunos. Se achar interessante, divida a classe em grupos para que cada um fique responsável por prestar atenção em tópicos diferentes apresentados no áudio. Você poderá atribuir a nota pela participação na discussão da aula anterior e/ ou no trabalho com o roteiro.


(ÁUDIO) PROFISSÕES: Advogado especialista em direito ambiental

  Os programas da Série Profissões, além de abordarem conteúdos teóricos de grande importância para os alunos de Ensino Médio, ainda podem auxiliá-los na escolha da carreira que desejam seguir. Isso porque os áudios que fazem parte dessa série trazem profissionais da área comentando sobre suas respectivas tarefas.
  Antes de iniciar a execução do áudio, sugerimos que você realize uma breve introdução sobre o assunto. Frequentemente somos informados de ações predatórias ao meio ambiente, como emissão de poluentes, desmatamento e destruição do habitat natural de muitas espécies da fauna e da flora. Será que os alunos sabem que a legislação brasileira prevê pena para esses e outros crimes ambientais? A Lei nº 9.605, datada de 12.2.1998, estabelece várias sanções criminais aplicáveis às atividades lesivas ao meio ambiente, que incluem inclusive a prisão. Se desejar, você pode acessá-la no endereço eletrônico http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm (acesso em 13 de janeiro de 2016) para discussão em classe. 
  Outra possibilidade é selecionar reportagens e/ou outros textos que tragam exemplos de crimes ambientais, como o tráfico de animais silvestres, considerada a terceira maior atividade ilícita do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. Proponha questões como: Qual o problema de se comercializar animais silvestres? Qual o prejuízo disso? Por que esse comércio ilegal é tão difícil de ser extinto?
  Explique, então, que lidar com essas e outras questões é tarefa do advogado ambiental, responsável por interpretar as leis vigentes no país relacionadas às ações do homem e seus efeitos no meio ambiente. Informe que, agora, será apresentado um áudio sobre as tarefas desse profissional.
  Antes de iniciar a execução do programa, distribua para seus alunos o roteiro. Fique à vontade para usá-lo da forma como indicamos, modificá-lo à sua maneira ou até mesmo criar outro que corresponda às suas necessidades didáticas. Peça para que os estudantes leiam o roteiro antes de ouvir o áudio. Essa leitura auxiliará os alunos a prestarem atenção em pontos importantes da gravação.
  Inicie a reprodução do áudio. Caso ele seja executado de um equipamento único, certifique-se de que todos os alunos conseguem ouvi-lo bem. Se houver algum aluno deficiente auditivo na sala você pode disponibilizar para ele a transcrição da gravação, que acompanha os arquivos de áudio. Oriente os alunos a não responderem ao questionário do roteiro enquanto estiverem ouvindo o áudio pois isso pode atrapalhá-los e fazê-los perder informações importantes.
  Em seguida pergunte aos seus alunos quais foram as palavras desconhecidas que anotaram e promova uma rápida discussão sobre elas para que sejam esclarecidas eventuais dúvidas que comprometam o entendimento. Se você ou seus alunos desejarem e houver disponibilidade de tempo, execute novamente a gravação. Como forma de avaliar o nível de compreensão dos alunos sobre o tema, sugerimos que, nesse momento, você dê início a uma discussão tendo como elementos norteadores as perguntas do roteiro.
  Essa discussão pode tomar diferentes rumos dependendo do perfil da classe. Alguns alunos podem, por exemplo, desejar saber mais mais detalhes sobre os casos com que esse profissional poderá trabalhar, outros talvez se interessem pela questão da remuneração profissional, por exemplo. É evidente que a discussão pode tomar rumos não previstos neste guia e cabe a você, professor(a), mediá-la corretamente.

AVALIAÇÃO

Para verificar se a classe compreendeu o conteúdo apresentado pelo recurso, uma sugestão é promover uma discussão a respeito das questões que estão no roteiro de trabalho. Sendo assim, se houver necessidade, os trechos do áudio poderão ser ouvidos novamente e as dúvidas, discutidas e esclarecidas com os alunos. Se achar interessante, divida a classe em grupos para que cada um fique responsável por prestar atenção em tópicos diferentes apresentados no áudio. Você poderá atribuir a nota pela participação na discussão da aula anterior e/ou no trabalho com o roteiro.


(SOFTWARE) Chuva ácida

  Professor(a), essa animação interativa trata das chuvas ácidas, que também estão associadas às ações humanas devido à queima de combustíveis fósseis e poluentes industriais. Antes de iniciar o trabalho com o software, é importante que seja realizada uma atividade para que você conheça as concepções que os alunos têm sobre o assunto.
  Para isso, faça alguns questionamentos gerais como: O que são chuvas ácidas? Como elas são formadas? Que gases contribuem para a sua formação? A chuva ácida só acontece por interferência do homem? Qual o papel do homem nesse processo? Que consequências as chuvas ácidas podem trazer? Como ela afeta os ecossistemas e a qualidade de vida dos seres humanos? Como evitar a formação de chuvas ácidas? Que ações diárias podemos ter para evitar esse problema? Em nossa Bibliografia Complementar você pode encontrar materiais que lhe ajudem a elaborar as questões mais relevantes para este trabalho.
  Se possível, escreva na lousa as respostas dos alunos, pois assim você poderá trabalhar com elas depois da utilização do software. Outra possibilidade é selecionar reportagens e/ou outros textos que tragam informações que complementem a discussão. Uma sugestão é o endereço: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-e-chuva-acida (acesso em janeiro/2011).
  Agora, diga aos alunos que eles irão explorar um software que trata do mecanismo de formação das chuvas ácidas e suas consequências. Você pode pedir que os alunos sentem em grupos ou individualmente para visualizar o recurso educacional, dependendo de suas estratégias didáticas e da disponibilidade de computadores na escola. Peça para os alunos anotarem as palavras desconhecidas e as possíveis dúvidas que forem surgindo.
  Distribua o roteiro. Fique à vontade para usá-lo da forma como indicamos, modificá-lo a sua maneira ou até mesmo criar outro que corresponda às suas necessidades didáticas. Em seguida, pergunte a seus alunos o que eles puderam observar na animação. Nesse momento, você pode retormar o conteúdo. Explique que a água da chuva já é ligeiramente ácida, porque quando o dióxido de carbono (CO2 ) presente na atmosfera se dissolve na água, ocorre a formação do ácido carbônico (H2 CO3 ), fazendo com que o PH da água em equilíbrio com o CO2 atmosférico seja de aproximadamente 5,6.
  Contudo, o aumento da acidez da chuva ocorre principalmente quando há elevação da concentração de óxidos de enxofre e nitrogênio na atmosfera. O dióxido de enxofre (SO2 ) é um gás tóxico proveniente da queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral e o óleo diesel, que contêm enxofre como impureza. O dióxido de nitrogênio (NO2 ), que também é liberado pela atividade industrial, é outro gás altamente poluente. O SO2 e o NO2 , ao reagirem com o vapor de água da atmosfera, formam ácido sulfúrico (H2 SO4 ) e ácido nítrico (HNO3 ), constituindo a chuva ácida.
  Nesse momento, após terem assistido à animação, peça para que os alunos descrevam as reações químicas envolvidas nesse processo e anote as equações na lousa, discutindo-as. Também é importante que os prejuízos da formação de chuvas ácidas fiquem claros para os alunos, pois esse fenômeno pode causar danos à vegetação, corroer construções e monumentos. A emissão desses gases poluentes está associada a doenças pulmonares e ao desenvolvimento de câncer.
  Verifique, ainda, quais foram as palavras desconhecidas que os estudantes anotaram ao trabalharem com o software e promova uma rápida discussão sobre elas para eliminar as dúvidas que comprometem o entendimento. Se você ou seus alunos desejarem, e houver disponibilidade de tempo, assistam ao programa novamente.

AVALIAÇÃO

  Para verificar se a classe compreendeu o conteúdo apresentado pelo recurso, uma sugestão é promover uma discussão a respeito das questões que estão no roteiro de trabalho. Sendo assim, se houver necessidade, os trechos do áudio poderão ser ouvidos novamente e as dúvidas, discutidas e esclarecidas com os alunos. Você poderá atribuir a nota pela participação na discussão da aula anterior e/ou no trabalho com o roteiro.


(SOFTWARE) QUAL É A PALAVRA? PROBLEMAS AMBIENTAIS BRASILEIROS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UMA RELAÇÃO POSSÍVEL?

  Este software consiste em um jogo para que o aluno treine, de forma lúdica, os conhecimentos adquiridos de forma lúdica. O objetivo é acertar a palavra que corresponde à dica apresentada, escolhendo uma letra por vez. Para abordar os assuntos indicados neste guia temático, o software irá trazer questões relacionadas à chuva ácida, assoreamento, caça predatória e de subsistência e reciclagem. 
  Por agregar conhecimentos sobre os demais recursos educacionais abordados neste guia, sugerimos que você proponha este jogo como um fechamento do estudo deste eixo temático, quando as possíveis dúvidas já tiverem sido esclarecidas. Destacamos que, em virtude da existência de uma variedade de nomes em Biologia, este software pode ser interessante para possibilitar ao aluno o treino dos mesmos, associando-os aos conceitos a que se referem.
  Antes de iniciar a exploração do software, distribua aos alunos o roteiro de trabalho, inserido na seção Anexos. Você pode utilizá-lo da forma como sugerimos, alterá-lo ou criar outro de acordo com suas estratégias didáticas. Convém explicar para eles que o roteiro contém orientações gerais e questões que têm o objetivo de ajudá-los a prestar atenção em pontos importantes do programa. Oriente-os para não responderem às perguntas durante a exploração do software, porque isso poderá atrapalhá-los. Deixe que eles leiam o roteiro algumas vezes e, só depois que estiverem acomodados e prontos, peça para que comecem a jogar.
  Após explorarem o programa pela primeira vez, pergunte aos alunos se há palavras desconhecidas e promova uma discussão a respeito delas. É importante que os esclarecimentos sejam realizados antes de os alunos visualizarem o material novamente. Ao final, peça para os estudantes responderem ao questionário proposto no roteiro.

AVALIAÇÃO

  Para avaliar se os alunos compreenderam o conteúdo do jogo, promova uma discussão: O que acharam dele? Foi possível entender todas as informações? O que não entenderam direito? A correção do roteiro pode ser feita na lousa, com os alunos escrevendo as respostas. Há respostas diferentes? Em que diferem? Sugira que os alunos joguem novamente, pois há perguntas que não são mostradas apenas em uma exploração inicial do software, sendo necessário pelo menos três usos para que todas as questões tenham sido visualizadas.


(EXPERIMENTO) Chuva ácida e suas consequências - aula 1

  O experimento visa avaliar o efeito de soluções ácidas sobre a germinação de sementes de feijão (Phaseolus vulgaris), como modelo da ação da chuva ácida sobre a germinação das plantas em geral. Nesta aula, serão preparadas as soluções ácidas e será iniciado o processo de germinação do feijão. Caso não tenha trabalhado anteriormente com os conceitos de chuva ácida, sugerimos que você realize uma discussão prévia sobre o assunto. Se preferir, trabalhe primeiro com o software “Chuva ácida”.


Materiais:

• 1 frasco de boca larga com tampa (tipo frasco de maionese);
• 1 frasco kitasato de 500mL;
• 3 pipetas de Pasteur;
• 3 frascos borrifadores;
• 3 placas de Petri;
• Algodão;
• 1 fio de cobre de 20 cm (nº18);
• 1 caneta ou lápis;
• 1 isqueiro;
• Enxofre em pó;
• Água destilada;
• Papel indicador de pH;
• Fermento biológico;
• Açúcar;
• 1 colher de sopa;
• Mangueira de borracha;
• Rolha;
• Feijões. 


Dicas de obtenção de materiais:

• As placas de Petri podem ser substituídas por vasilhas plásticas com tampa transparente.
• As pipetas de Pasteur podem ser substituídas por conta-gotas.
• O isqueiro pode ser substituído por fósforos.
• O kitasato pode ser substituído por uma garrafa “pet” com a tampa furada e trespassada por um tubinho (uma caneta sem a carga, por exemplo) que possa ser conectado à mangueira.
• O algodão pode ser substituído por papel de filtro


Procedimento:

  Antes de realizar o experimento, entregue aos alunos o roteiro de trabalho, que pode ser utilizado na íntegra ou adaptado de acordo com suas estratégias didáticas. Ele contém todas as orientações necessárias para o desenvolvimento da aula prática e, também, algumas questões que auxiliarão no fechamento da atividade. 
  A emissão de poluentes industriais, queima de carvão e combustíveis fósseis lançam gases que se combinam com o oxigênio e o vapor de água, formando as chamadas chuvas ácidas por serem carregadas de ácido sulfúrico, ácido nítrico e ácido carbônico. Essas águas com pH ácido acidificam o solo e interferem no desenvolvimento das plantas. Nesse experimento, verificaremos a influência de solução de ácido sulfúrico (pH = 2) e ácido carbônico (pH = 4) na germinação e no desenvolvimento de feijão.
  Numa aula anterior, divida a classe em grupos, explique o experimento e peça para que os grupos tragam os materiais necessários. Discuta o que é chuva ácida e pergunte quais seriam as consequências de sua ocorrência para o desenvolvimento das plantas. Esse experimento pretende ajudar na resposta a essa questão.
  Propomos, primeiramente, o preparo das soluções de ácido sulfúrico e ácido carbônico. O preparo do ácido sulfúrico deverá ser feito com muito cuidado. Você pode fazer as etapas junto com os grupos, explicandoas e monitorando cada passo.
 

Protocolo experimental:

Germinação dos feijões

1.Colocar algumas sementes de feijão em água para determinar a viabilidade das mesmas. As viáveis serão as que permanecerem no fundo. As que boiarem possuem ar no seu interior, podendo indicar provável perfuração por parasita;
2.Montar 3 placas de petri: Colocar algodão (ou papel de filtro) no fundo das placas de Petri e rotulá-las de acordo com o tratamento que será realizado (água, ácido carbônico e ácido sulfúrico);
3.Colocar cinco sementes de feijão em cada placa;
4.Preparar as soluções de ácido sulfúrico e ácido carbônico, conforme as instruções abaixo.


Preparo da solução de ácido sulfúrico:

1. Com um pedaço de fio de cobre, construir um cone com cerca de 1 cm de altura, usando como molde a ponta de uma caneta esferográfica, dando voltas bem apertadas.
2.Prender o fio na borda do frasco.
3.Remover o cone e enchê-lo com enxofre em pó.
4.Acender o isqueiro embaixo do cone, iniciando a queima do enxofre.
5.Rapidamente, colocar o cone dentro do frasco e tampar. Observar o que ocorre.
6.Após a queima do enxofre, retirar o cone e agitar o frasco para diluir a fumaça produzida na água do frasco.
7.Medir o pH, que deverá estar na faixa entre 2 e 3, com o papel indicador de pH e armazenar em um frasco borrifador rotulado com o nome do ácido, pH e data.


Preparo da solução de ácido carbônico:

1.Em um frasco kitasato, adicionar 200mL de uma solução contendo água morna (37o C), quatro colheres de sopa de açúcar e um tablete de fermento biológico fresco.
2.Fechar a boca do frasco com rolha, ligar uma mangueira à saída lateral do frasco kitasato e inserir a outra extremidade em um frasco com água, de modo que o gás produzido borbulhe na água.
3.Após o término do borbulhamento, determinar o pH (que deverá estar por volta de 4), da mesma forma que foi feito com a solução de ácido sulfúrico, rotular o frasco e armazenar. O ácido carbônico é um ácido fraco, podendo haver perda de CO2 para o ambiente e consequente alteração do pH. É necessário o armazenamento em um recipiente com tampa em que o ácido ocupe quase todo o volume. Por isso, é importante aferir o pH da solução diariamente, em cada tratamento das sementes, para verificar se não houve alteração.
4. Molhar diariamente o algodão com 2 mL das respectivas soluções (água, ácido carbônico e ácido sulfúrico) e colocar as sementes para germinar de dois a sete dias à temperatura ambiente.


AVALIAÇÃO

  Ao final da aula, sugerimos que você avalie seus alunos para averiguar os conhecimentos adquiridos. Para isso, você pode promover discussões entre os grupos, considerando as respostas das questões do roteiro de trabalho. Por se tratar de uma atividade prática, a sua avaliação pode levar em consideração não apenas os conteúdos conceituais, mas também os procedimentos e as atitudes, como a manipulação correta dos reagentes, a preparação do material, a limpeza da mesa e dos materiais e a divisão de tarefas no grupo.


(EXPERIMENTO) Chuva ácida e suas consequências - aula 2

  O experimento visa avaliar o efeito de soluções ácidas sobre a germinação de sementes de feijão (Phaseolus vulgaris), como modelo da ação da chuva ácida sobre a germinação das plantas em geral. Nesta aula, será verificado o efeito das soluções na germinação do feijão e feita a transferência de mudas para a terra.
  

Materiais:

• Copos plásticos descartáveis;
• Terra vegetal;
• Soluções preparadas na aula anterior;
• Água;
• Três borrifadores;
• Mudas de feijão, colocadas para germinar nas placas, na aula anterior.


Dicas de obtenção de materiais:

• Os borrifadores podem ser substituídos por frascos vazios de produtos em spray.


Procedimento:

  Antes de realizar o experimento, entregue aos alunos o roteiro de trabalho que pode ser utilizado na íntegra ou adaptado de acordo com suas estratégias didáticas. Ele contém todas as orientações necessárias para o desenvolvimento da aula prática e, também, algumas questões que auxiliarão no fechamento da atividade.
  Professor(a), peça para os grupos compararem as três placas. Pergunte: “Se as sementes expostas às soluções passassem a ser regadas somente com água, poderão se desenvolver normalmente?” Para responder a essa questão, as sementes serão transplantadas para a terra e regadas com água. Regando somente com água todos os feijões germinados, propomos verificar se a ocorrência da chuva ácida durante a germinação gera problemas no desenvolvimento posterior da planta.


Protocolo experimental:

1.Observar a germinação das sementes de feijão em cada tipo de tratamento. Após dois dias já é possível perceber a diferença entre os tratamentos. As sementes regadas com os ácidos apresentam desenvolvimento bem inferior ao das regadas com água;
2.Transplantar três mudas de feijão dos diferentes tipos de tratamento feitos nas placas para copos de plástico com terra e rotulá-los com o respectivo tratamento;
3.Regar todos os feijões com 4 mL de água durante sete dias.

AVALIAÇÃO

  Ao final da aula, sugerimos que você avalie seus alunos para averiguar os conhecimentos adquiridos. Para isso, você pode promover discussões entre os grupos, considerando as respostas das questões do roteiro de trabalho. Por se tratar de uma atividade prática, a sua avaliação pode levar em consideração não apenas os conteúdos conceituais, mas também os procedimentos e as atitudes, como a manipulação correta dos reagentes, a preparação do material, a limpeza da mesa e dos materiais e a divisão de tarefas no grupo.


(EXPERIMENTO) Chuvas ácida e suas consequências - aula 3

  O experimento visa avaliar o efeito de soluções ácidas sobre a germinação de sementes de feijão (Phaseolus vulgaris), como modelo da ação da chuva ácida sobre a germinação das plantas em geral. Nesta aula, será verificado o desenvolvimento do feijão em terra, regado somente com água, após tratamento com as soluções ácidas.

Materiais:

• Mudas de feijão (Phaseolus vulgaris) plantadas na aula anterior;
• Régua.


Procedimento:

  Antes de realizar o experimento, entregue aos alunos o roteiro de trabalho que pode ser utilizado na íntegra ou adaptado de acordo com suas estratégias didáticas. Ele contém todas as orientações necessárias para o desenvolvimento da aula prática e, também, algumas questões que auxiliarão no fechamento da atividade.
1.Observar a diferença de crescimento dos feijões. O resultado da germinação se manteve (aula 2), mesmo com o posterior tratamento com água. Os feijões tratados inicialmente com ácido sulfúrico, não germinaram nessa fase. Os feijões tratados inicialmente com ácido carbônico apresentaram germinação, porém menos efetiva do que os submetidos ao tratamento com água.


AVALIAÇÃO

Ao final da aula, sugerimos que você avalie seus alunos para averiguar os conhecimentos adquiridos. Para isso, você pode promover discussões entre os grupos, considerando as respostas das questões do roteiro de trabalho. Por se tratar de uma atividade prática, a sua avaliação pode levar em consideração não apenas os conteúdos conceituais, mas também os procedimentos e as atitudes, como a manipulação correta dos reagentes, a preparação do material, a limpeza da mesa e dos materiais e a divisão de tarefas no grupo.


(EXPERIMENTO) Reciclando: produção de papel reciclado e sabão - aula 1

  Professor(a), este experimento propõe a confecção de sabão a partir de óleo usado e papel reciclado reutilizando papéis. Nessa primeira aula, iniciaremos a confecção do sabão.


Materiais:

• 1 litro de óleo alimentar usado;
• 200 mL de soda cáustica líquida;
• 200 mL de água fervente;
• Balde de plástico;
• 1 caixa de leite longa vida vazia;
• Colher de pau;
•Peneira;
• 20 mL de essência (opcional);
• Fogareiro;
• Recipiente para ferver a água;
• Faca;
• Luva.


Procedimento:

  Antes de realizar o experimento, entregue aos alunos o roteiro de trabalho que pode ser utilizado na íntegra ou adaptado de acordo com suas estratégias didáticas. Ele contém todas as orientações necessárias para o desenvolvimento da aula prática e, também, algumas questões que auxiliarão no fechamento da atividade. Professor(a), em uma aula anterior, explique o projeto, divida a classe em grupos e peça para que cada grupo traga óleo usado, caixa de leite vazia e lavada e materiais que a escola não dispuser entre os necessários. Você pode fazer uma breve discussão sobre o que é reciclagem e explorar o conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto.


Protocolo experimental:

1. Adicionar lentamente e com cuidado a soda cáustica à água destilada, num recipiente de plástico.
Segurança: Todo o procedimento envolvendo soda cáustica deve ser feito utilizando luvas de borracha. Os recipientes contendo soda cáustica devem ser de plástico ou de madeira, não podendo ser de vidro. A soda cáustica, ou hidróxido de sódio (NaOH), é um produto altamente corrosivo, que corrói vidros e pode produzir queimaduras na pele. Aconselha-se que esse procedimento seja realizado por você, antes da aula, fornecendo a soda cáustica já dissolvida;
2. Filtrar o óleo em uma peneira bem fina (ou meia-calça), para evitar que permaneçam resíduos alimentares. Utilize um recipiente de plástico e com aproximadamente o dobro do volume do óleo que será utilizado para misturar na próxima etapa;
3. Misturar a soda cáustica diluída no recipiente com óleo;
4. Misturar os materiais com uma colher de pau num recipiente de plástico por mais ou menos 30 minutos, até ter a consistência de doce de leite pastoso. A essência (20 mL) pode ser acrescentada ao óleo antes da adição da soda cáustica;
5. Despejar numa caixinha de leite com a parte superior retirada, usada como forma, e deixar secar até a aula seguinte.

 
  O óleo descartado em ambientes aquáticos pode gerar danos à flora e à fauna. Por possuir densidade menor do que a da água permanece na superfície, criando uma barreira que dificulta a entrada de luz e a oxigenação da água, comprometendo a base da cadeia alimentar aquática, os fitoplânctos. Quando descartado na rede de esgoto, pode causar entupimento e são necesários produtos altamente tóxicos para a retirada desse óleo.
  Ao final da aula, peça para que os grupos recolham e piquem papéis usados de diversos tipos, como sulfites, embrulhos, folhas, revistas, cartões, e que coloquem esse material em uma bacia com água um dia antes da próxima aula. Peça também para que providenciem jornal, liquidificador / misturador (ou alternativamente, batedeira), bacia funda, peneira (que caiba na bacia, com a tela lisa), panos velhos e a bacia de água com os papéis picados. Os grupos podem transportar a água e o papel em potes grandes.

AVALIAÇÃO

  Para averiguar os conhecimentos adquiridos, você pode promover discussões entre os grupos, considerando as respostas das questões do roteiro de trabalho. Por se tratar de uma atividade prática, a sua avaliação também pode envolver os procedimentos de manipulação correta dos reagentes, preparação do material, limpeza da mesa e a divisão de tarefas no grupo.


(EXPERIMENTO) Reciclando: produção de papel reciclado e sabão - aula 2

  Esta atividade prática propõe o aprendizado de técnicas de reutilização de materiais (óleo usado e papel). Para isso, serão confecionados sabão e papel reciclado, a partir de óleo usado e papéis, respectivamente. Nessa segunda aula, será iniciada a confecção do papel reciclado.


Materiais:

• Papéis usados, como sulfite, embrulhos, folhas, revistas, cartões, jornais, etc.;
• Jornal;
• Água;
• Liquidificador / misturador (ou, alternativamente, batedeira);
• Bacia funda;
• Peneira, que caiba na bacia, com a tela lisa;
• Panos velhos


Dicas de obtenção de materiais:

A malha da tela da peneira deverá ser a menor possível para que as fibras do papel fiquem bem compactadas. Se necessário, forre a peneira com tecido tipo voil ou organza.


Procedimento:

  Antes de realizar o experimento, entregue aos alunos o roteiro de trabalho que pode ser utilizado na íntegra ou adaptado de acordo com suas estratégias didáticas. Ele contém todas as orientações necessárias para o desenvolvimento da aula prática e também algumas questões que auxiliarão no fechamento da atividade.
  Professor(a), você pode iniciar a aula perguntando aos alunos se eles já viram papel reciclado e qual a importância de se reciclar o papel. Nessa breve discussão, você pode verificar os conhecimentos prévios dos alunos em relação ao processo de fabricação de papel a partir da madeira, focando a importância da reciclagem como agente que pode contribuir para a preservação.


Protocolo experimental:

Confecção do papel reciclado:

  Num dia anterior, picar o papel e deixar de molho durante um dia ou uma noite num recipiente, para amolecer. O papel sulfite gera um papel reciclado de melhor qualidade. Para decoração, pode-se, ainda, incorporar os seguintes materiais ao papel que será feito: folhas secas, pequenas lascas de madeira, cebola triturada etc. Para obter um papel colorido, deixe também de molho papéis de cores fortes.
1. Bater água e papel no liquidificador, na proporção de três partes de água para uma de papel. A própria “água do molho” pode ser aproveitada. Bata a mistura até obter a textura desejada (quanto mais bater, mais homogênea ficará a mistura, mas não bata demais porque o papel se tornará quebradiço).
2. Despejar uma parte do papel batido e uma parte de água na bacia, enchendo-a até metade. Obs.: Agite a mistura com a mão para os pedaços de papel não se depositarem no fundo.
3. Mergulhar a peneira pela lateral da bacia até ao fundo, subindo-a lentamente, sem incliná-la, apanhando as partículas em suspensão e formando uma camada de papel sobre a peneira.
4. Deixe escorrer o excesso e coloque a peneira sobre um jornal, para secar a superfície inferior por alguns minutos. Substituir o jornal por um novo quando este já estiver muito molhado.
5. Ainda sobre o jornal, cobrir a peneira com um pano e apertar delicadamente para secar a superfície superior da folha. Observar atentamente se não há bolhas, buracos ou imperfeições no papel. Repetir esse processo até retirar o máximo de umidade. Apertar com cuidado, sem muita força, para não danificar o papel, procurando deixar a folha mais lisa e homogênea possível.
6. Virar a peneira sobre o jornal seco e bater levemente no fundo até a folha soltar. Se o papel não cair, significa que ele ainda está muito úmido. Repetir a etapa anterior. Nessa fase, poderão ser adicionadas folhas e flores secas para decorar o papel.
7. Colocar a folha entre jornais secos e prensá-la com auxílio de livros pesados e grandes, como listas telefônicas. Deixá-la secar até a próxima aula. As sobras de papel triturado podem ser peneiradas, espremidas e encaminhadas para reciclagem seletiva. A água que sobrar na bacia pode ser despejada num vaso ou no jardim.

Corte do sabão:

Desenformar o sabão preparado na aula anterior e cortar em pedaços, deixando secar até a próxima aula. Na aula seguinte, recomendamos a verificação do pH do sabão confeccionado. Para isso, deixe o sabão secar por pelo menos quatro dias. Peça para que os grupos tragam repolho roxo e os materiais necessários não disponíveis na escola.

AVALIAÇÃO

Ao final da aula, sugerimos que você avalie seus alunos para averiguar os conhecimentos adquiridos. Para isso, você pode promover discussões entre os grupos, considerando as respostas das questões do roteiro de trabalho. Por se tratar de uma atividade prática, a sua avaliação pode levar em consideração não apenas os conteúdos conceituais, mas também os procedimentos e as atitudes, como a manipulação correta dos reagentes, a preparação do material, a limpeza da mesa e dos materiais e a divisão de tarefas no grupo.


(EXPERIMENTO) Reciclando: produção de papel reciclado e sabão - aula 3

  Esta atividade prática propõe o aprendizado de técnicas de reutilização de materiais (óleo usado e papel). Para isso, serão confecionados sabão e papel reciclado, a partir de óleo usado e papéis, respectivamente. Nesta terceira aula será feita a verificação do pH do sabão utilizando repolho roxo como agente indicador.


Materiais necessários:

• Água destilada;
• Sabão feito nas aulas anteriores;
• Repolho roxo;
• Tubo de ensaio;
• Béquer de 1 litro ou uma panela pequena para fervura;
• Fogareiro;
• Pipeta Pasteur;
• Colher de pau;
• Peneira.


Dicas de obtenção de materiais:

A pipeta pasteur pode ser substituída por conta-gotas e a água destilada pode ser substituída por água filtrada.


Procedimento:

  Antes de realizar o experimento, entregue aos alunos o roteiro de trabalho que pode ser utilizado na íntegra ou adaptado de acordo com suas estratégias didáticas. Ele contém todas as orientações necessárias para o desenvolvimento da aula prática e também algumas questões que auxiliarão no fechamento da atividade.
  É importante verificar o pH do sabão confeccionado para saber a melhor forma de utilização e se está dentro dos valores permitidos pela legislação brasileira. Nesta terceira aula, portanto, propomos que seja feita a verificação do pH do sabão confeccionado, utilizando um método simples através, tendo o repolho roxo como agente indicador.
  Professor(a), você pode iniciar a aula perguntando se a classe sabe que os agentes de limpeza como sabões, detergentes, alvejantes etc., que possuem diferentes pH de acordo com a finalidade do agente de limpeza. Apresente a tabela que disponibilizamos. Aponte para a observação decque os agentes de limpeza destinados à higiene pessoal possuem pH próximo ao neutro (7,0), assim, a manipulação de detergentes e sabões para limpeza podem causar irritações na pele devido a pH extremos alcalinos e ácidos, justificando a importância do uso de luvas. Caso necessário, retome conceito de pH.


Protocolo experimental:

1.Num Béquer de 1 litro, adicionar 400 mL de água destilada;
2. Picar folhas de repolho roxo em pedaços pequenos até obter quantidade suficiente para completar o béquer com água até 600 mL;
3. Ferver a água e as folhas de repolho roxo em fogareiro durante dez minutos, misturando constantemente com uma colher de pau. Pode ser utilizado o forno de micro-ondas, pausando-o a cada dois minutos para misturar a solução, evitando assim o seu derramamento. A solução também pode ser fervida numa panela pequena, misturando constantemente;
4. Após a fervura, esperar esfriar por alguns minutos e retirar as folhas de repolho da solução com o auxílio de uma peneira, descartando-as em seguida;
5. A solução deve apresentar uma coloração roxo azulada;
6. Retirar uma ponta de espátula do sabão feito nas aulas anteriores e colocar em tubo de ensaio;
7. Adicionar, paulatinamente, ao tubo de ensaio, gotas de água destilada, misturando constantemente com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, até dissolver totalmente o sabão. Obs.: Caso queira medir o pH de vários sabões, coletar pedaços de tamanho aproximado e adicionar um mesmo volume de água a cada tubo;
8. Ao tubo contendo o sabão dissolvido, adicionar cinco gotas da solução de repolho roxo e agitar;
9. A solução irá adquirir uma coloração de acordo com o valor do seu pH, e que pode ser comparada com a escala de pH. A escala de pH foi feita em laboratório, pingando-se repolho roxo a soluções com pH de dois a 12, medidas em peagâmetro com alto grau de precisão.


Finalização da confecção do papel reciclado:

Retirar o papel das prensas de jornal. Está pronta a sua folha de papel reciclado.O papel também pode ser retirado da prensa depois de aproximadamente 24 horas e deixado para secar.

AVALIAÇÃO

Ao final da aula, sugerimos que você avalie seus alunos para averiguar os conhecimentos adquiridos. Para isso, você pode promover discussões entre os grupos, considerando as respostas das questões do roteiro de trabalho. Por se tratar de uma atividade prática, a sua avaliação pode levar em consideração não apenas os conteúdos conceituais, mas também os procedimentos e as atitudes, como a manipulação correta dos reagentes, a preparação do material, a limpeza da mesa e dos materiais e a divisão de tarefas no grupo.

 

  • References
    1. ADOLFO, A.; CROZETTA, M.; LAGO, S. (2004). Biologia. Editora IBEP, volume único, 1a edição.
    2. AMABIS, J. M.; MARTHO, G.R. (2004). Biologia das células; Biologia dos organismos; Biologia das popula- ções. Editora Moderna, volumes 1, 2 e 3, 2a edição.
    3. FAVARETTO, J.A.; MERCADANTE, C. (2003). Biologia. Editora Moderna, volume único, 2a edição.
    4. FROTA-PESSOA, O. (2001). Os caminhos da vida I, II e III - Biologia no ensino médio.
    5. LAURENCE, J. (2005). Biologia. Editora Nova Geração, volume único, 1a edição.
    6. LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. (2008). Biologia. Série Brasil. Editora Ática, volume único, 1a edição.
    7. LOPES, S. Biologia. (2008). Editora Saraiva, volume único, 2a edição.
    8. PAULINO, W. (2007). Biologia. Editora Ática, volumes 1, 2 e 3, 20a edição.
    9. SILVA-JÚNIOR, C.; SASSON, S.(2002). Biologia. Editora Saraiva, volumes 1, 2 e 3, 7a edição.
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